Nas empresas brasileiras falta alinhamento entre os estilos de liderança do líder e a prontidão dos liderados. É o que mostrou uma pesquisa realizada Pelo Center for Leadership Studies – CLS, da Califórnia, e apresentada por Paul Hersey, criador do modelo e professor da Ohio State University, e por Ron Campbell, CEO do CLS, durante o seminário Integração Liderança Situacional, promovido pela Amcham – Câmara Americana de Comércio e pela Brimberg Associados, em São Paulo.
O estudo revelou que, no Brasil, grande parte dos líderes acredita que precisa utilizar um estilo de liderança com um nível elevado de determinações e orientações, para que seus subordinados realizem com eficácia suas tarefas. Por outro lado, os subordinados se consideram dentro de um nível de prontidão - conceito que reúne capacidade, confiança, disponibilidade, disposição, compromisso e motivação para executar suas tarefas – bem mais elevado do que a avaliação dos seus líderes. Assim, nascem os conflitos e a necessidade de análise do contexto.
Saber por que isso acontece e desenvolver a capacidade para aplicar estilos adequados às diversas situações é o que se propõe a técnica de Liderança Situacional, que viabiliza a combinação de estilos de liderança aplicados aos níveis de maturidade dos subordinados, mas sempre considerando cada situação, cada tarefa específica. “Por isso é uma técnica para ser praticada todos os dias”, explica Hersey.
“Esse desequilíbrio de comportamentos entre líderes e liderados, constatado no Brasil, não foge muito do padrão mundial”, disse Campbell. De acordo com ele, existem várias possibilidades para o que ocorre no país: “Os líderes estão subestimando o nível de prontidão dos subordinados ou estão deixando de intervir para a melhoria de desempenho deles, por receio de afetar sua motivação, o que pode elevar a auto-avaliação dos subordinados”.
Para mostrar que a técnica pode mesmo dar resultado, Sten Sorensen, presidente da Siemens VDO Automotive, onde trabalham pelo menos 80 líderes já treinados em Liderança Situacional, exemplifica o resultado com números: “Em 10 anos de treinamento e uso do modelo, a Siemens cresceu 10 vezes e hoje fatura U$ 1 bilhão por ano”.
Fonte: Site Canal Executivo